Encontrar hoje uma noticia sobre uma missa que ocorreu nesta quarta (6), em São Paulo. Onde o homenageado era o delegado/torturador/assassino/repressor Sérgio Paranhos Fleury, personagem fundamental do regime militar dos anos 60 e 70.
Fleury foi uma celebridade e ganhou fama nacional por prender, torturar e matar bandidos comuns e integrantes de organizações de esquerda durante a ditadura militar (1964-85). A missa em sua homenagem foi uma celebração dos que têm saudade não só dele, mas também da ditadura militar e de um tempo em que o Brasil, na visão deles, não era “essa baderna”.
Além da missa ver que o Tribunal de Justiça de São Paulo arquivou o processo contra o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de comandar a tortura no DOI-Codi paulista. O processo extinto se refere à morte do jornalista Luiz Eduardo Merlino, militante do Partido Operário Comunista, em 19 de julho de 1971 e de torturar mais de 47 pessoas, dentre elas a atriz Bete Mendes que o acusou. Ela foi presa quando combinava a militância clandestina numa organização guerrilheira com o trabalho de atriz na novela Beto Rockfeller, em que era a heroína juvenil, Bete denunciou torturas e disse ter testemunhado ao menos uma morte enquanto esteve na cadeia. E nem assim ele foi julgado culpado.
Em 1976, uma ação militar eliminou o Comitê Central do partido em São Paulo.
Ustra coordenou a operação
Trinta e quatro anos depois de deixar suas funções, esse monstro foi agraciado com todas as honras do período, ele acabou ficando identificado como símbolo daquilo que o regime militar brasileiro produziu de mais nocivo – a crueldade, a morte, o desaparecimento, a violência contra cidadãos desarmados e sem defesa.
Embora aja quase cinco centenas de militares e policiais civis tenham sido relacionados em listas de torturadores, mas quase nenhum deles foi julgado culpado por todas as atrocidades cometidas em nome da estabilidade do regime.
Me indigno sempre que vejo homenagens a esses pulhas, acho que damos pouco valor aos verdadeiros heróis da resistência nacional, que lutaram e defenderam o direito a liberdade. Abomino qualquer forma de repressão, moderação, censura ou qualquer nome que tenha, pois acredito no debate, no dialogo e principalmente na liberdade. Sou filho da liberdade, militante e me orgulho muito disso.
In Infinitum
Um comentário:
Ótimo post parceiro, eu não vivi na época da ditadura mas ainda hoje me sinto revoltado por tanta crueldade e o fato desses caras não terem sidos se quer julgados, vale lembrar tambem de tantas pessoas que desapareceram, alguns responsaveis ainda estão vivos velhos e gordos nas suas fazendas, e não se faz nada,Graças a Deus hoje vivemos na democracia, na epoca da ditadura limparam a bunda com a constituição desrespeitaram tudo que tinha nela, não podemos simplesmente esquecer desses caras, eu não acredito que o exercito mudou sua ideologia em tão pouco tempo............é preciso julgar esses animais
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