29.4.09

Nostradamus do Século XXI

Olá Amigos

Hoje seguindo uma indicação sobre documentários para assistir no feriado eu me deparei com esse filme que esta bombando lá no Festival de Filmes de Tribeca em Nova York.

O filme é Transcendent Man, documentário sobre a vida e idéias de Ray Kurzweil. O diretor Barry Ptolemy viajou com o futurista Ray Kurzweil por dois anos, gravando suas palestras e conversas sobre seu livro “The Singularity is Near“. O inventor norte-americano Ray Kurzweil prevê que em poucas décadas os humanos vão se fundir com máquinas, transformando irrevogavelmente a vida tal como a conhecemos, no filme que estreou no sábado no Festival Tribeca de Cinema, apresenta a vida de Kurzweil e sua previsão de que o envelhecimento e a morte se tornarão obsoletos, suas motivações e as críticas feitas a ele.

http://images-2.redbubble.net/img/art/size:large/view:main/275928-11-transcendent.jpg

E se você está pensando que o cara é doido de pedra, pode ir tirando o cavalinho da chuva, pois além de muitos prêmios e troféus, incluindo o prêmio mais importante de sua área de atuação -- a Medalha Nacional de Tecnologia 1999,ele também tem em seu crédito previsões passadas que mostraram ser acertadas. O cara é o verdadeiro Nostradamus moderno, da uma olhada no trailer do documentário.


Entre outras coisas, ele previu corretamente a ascensão da Internet e que um computador seria campeão mundial de xadrez até 1998, previsão essa que se realizou em maio de 1997.

Ao dizer que até o ano 2029 os computadores poderão equiparar-se à inteligência humana em todas as áreas, Kurzweil aponta para a rapidez com que a tecnologia avançou desde que ele era estudante no Massachusetts Institute of Technology - MIT, época em que um computador ocupava metade do prédio do instituto.

"O computador que ocupava aquele prédio hoje ocupa meu bolso e dentro de 25 anos caberá numa célula sanguínea, e isso é muito previsível", disse Kurzweil, para quem dentro de algumas décadas humanos terão robôs do tamanho de células circulando em sua corrente sanguínea e somando-se a sua capacidade cerebral.

A combinação da inteligência das máquinas com a inteligência humana será "muito poderosa", disse Kurzweil. "E as máquinas continuarão a crescer exponencialmente em sua capacidade."

Kurzweil acha que essa inteligência artificial será usada para combater as doenças e a pobreza, e não para a guerra e a destruição final dos humanos. No filme esse ponto é questionado, pois as pessoas acham esse otimismo exagerado e dizem que as previsões de Kurzweil vão levar muito mais tempo para se realizar, se é que isso vai acontecer.

Sempre aceitei a morte como o fim de um ciclo e que gente é gente e robô é robô, nunca me imaginei meio maquina, meio gente. Há muito tempo eu duvido da boa vontade dos militares e suas paranoias conspiratorias.

Agora me fala uma coisa, como você reagiria se descobri-se que você é meio maquina e meio robô?

Só uma resposta que eu tenho:

In Infinitum

Robson Freire

26.4.09

Prazeres ocultos

Olá amigos

Todos nos temos a nossa válvula de escape, um hobby, um passatempo ou qualquer coisa que o ajude a relaxar no fim de um dia estressante. Eu tenho 3 coisas que me fazem ficar simplesmente em alfa: ler, tocar guitarra e cozinhar.

A música é assim por dizer o meu ponto G, pois toda vez que preciso relaxar e atingir o meu melhor e só ligar o som e mandar ver. Escuto tudo de Duke Ellington a Cama de Gato, de Iron Maiden a Link Park, de Caetano Veloso a The Fevers, Roberto Carlos e toda Bossa Nova enfim sou um cara bastante eclético no quesito musical.

Ler então é minha paixão arrebatadora, pois tem o dom de me transformar nas mais diversas coisas e pessoas, de me levar a lugares e me fazer viver situações que me levam as lagrimas ou as gargalhadas. Leio muito, mais muito mesmo. Tem ano que chego a ler uma média de 15 a 20 livros por ano. E só não leio mais pois absoluta falta de tempo.

Mas se tem uma coisa que eu faço com um prazer assim inigualável é cozinhar. Sou um cara que tem o dom e o conhecimento da arte de cozinhar. Adoro cozinhar e receber os amigos com os mais diversos pratos e sobremesas fantásticas. Tudo isso regado a uma boa cerveja importada ou um vinho de primeira.

Minha amiga Marise Brandão fica babando quando falo o que estou fazendo na cozinha ou preparando. Sou um cara bom de garfo e bom apreciador de vinho e não me privo dos prazeres da boa mesa. Pois poucas coisas na vida tem o dom de proporcionar um prazer tão intenso quando a culinária. Estar de dieta é um sofrimento por assim dizer holocaustico.

E li uma reportagem bem legal falando sobre uma nova dieta que permite tudo, mas ensina o que é mais saudável. É a Dieta das Boas Escolhas que é como se fosse um guia para você emagrecer, ou deixar de engordar, comendo fora de casa todos os dias. Entre duas opções de um mesmo restaurante, entenda por que uma é mais saudável que a outra.

Tem horas que quase todos ficamos na duvida:

O que é melhor: uma latinha de refrigerante ou um copo de suco natural para acompanhar o almoço? Essa resposta é fácil: o suco natural, apesar de eu preferir um Coca-Cola estupidamente gelada com gelo e limão.

Ainda que tenha mais calorias, é muito mais rico em nutrientes. Mas há outras escolhas que não são tão óbvias assim. Entre um sanduíche e outro das grandes redes de lanchonete do mundo, qual o mais saudável (ou qual o menos pior?). Diante de tantas opções de sorvetes, saladas e pizzas de restaurantes variados, como escolher o que tem menos impacto no seu regime? Nos alimentos e bebidas industrializados, a resposta está nos rótulos. As regras são, basicamente, preferir aqueles com menos açúcares, sódio, gorduras saturadas e calorias. No caso dos restaurantes, invariavelmente a regra é ficar longe de molhos à base de maionese e creme de leite, queijos, frituras, óleos e manteigas de qualquer tipo.

A coleção Eat this, No that fez um pente fino nas grandes cadeias de restaurantes americanas para mostrar, em um mesmo estabelecimento, o que rejeitar e o que comprar. As diferenças vão de sutis a surpreendentes: comer uma salada ou um wrap pode ser pior do que pedir um sanduíche tradicional. Há um quadro na pagina da reportagem que mostra opções reais que podem ensinar boas lições de como fazer a melhor escolha.

Eu vou te dar uma dica de boa escolha: Um belo salmão grelhado com gengibre e legumes salteados, uma porção de arroz com ervas finas, salada verde, molho chimichuri, um belo vinho branco (minha sugestão o Montrachet (que se pronuncia monrrachê), que é um vinho branco seco, elaborado com a uva Chardonnay, produzido na Bourgogne - França) bem gelado e de sobremesa um bola de sorbet de limão.

Boas Escolhas e Bona Apetit

In Infinitum

Robson Freire

Ben X - A Fase Final

Olá Amigos

Minhas paixões são conhecidas por todas as pessoas que convivo e dentre elas o cinema é a maior de todas. Brigando logo abaixo vem os games, agora amigos imagina quando se junta duas dessas coisas num filme. O meu amigo Leandro Hassel me deu de presente o filme Ben X - A Fase Final .

Um filme canadense de 2007 com atores nem assim tão conhecidos mas com uma historia para lá de maneira. Supostamente inspirado numa história real, Ben X – A Fase Final é o filme de estréia do crítico de cinema Nic Balthazar e também o escolhido para representar a Bélgica na corrida ao Oscar de Filme Estrangeiro em 2008.

Leiam abaixo a excelente resenha da Renata Gomes feita para a Revista Cinética

 Ben X – " A fase final conta a história de um adolescente que sofre de Síndrome de Asperger, uma forma mais branda de autismo. Com extrema dificuldade de socialização e comunicação, Ben sofre a cotidiana opressão de seus colegas de escola pública. Como refúgio contra essa vida dolorosa, Ben mergulha em Archlord, um MMORPG: massive multi-player online role-playing game – ou seja, um videogame jogado por milhares de pessoas online ao mesmo tempo, cada qual operando um personagem num mundo virtual de temática à la Tolkien. No jogo – que existe fora do filme – Ben é “nível 80”, um herói, em oposição ao “ninguém” do mundo real: tem armas e poderes cobiçados e até uma princesa apaixonada por ele.

http://zondag.files.wordpress.com/2008/12/ben_x.jpg

A melhor dica para mergulhar no filme é ir munido de uma boa dose de generosidade infanto-juvenil, pois tudo nele está embebido em um olhar muito particular, indissociável de algo contemporâneo e ingenuamente jovem: da referência ao machinima à narrativa auto-referente e otimista, passando pela facilidade tecnológica de celulares, câmeras, internet e afins. Baseado num episódio real da vida de um adolescente autista oprimido por colegas de escola, o filme tenta nos manter na corda-bamba, misturando linguagens que vão do documental ao game, passando por uma ficção euro-juvenil com certos ares de Corra, Lola, Corra.

Para tentar representar essa realidade paralela na qual Ben se refugia, o filme faz uso da técnica de machinima: a captura de imagens diretamente do videogame, a partir da “interpretação” de atores-jogadores. Funciona mais ou menos assim: cada ator opera seu personagem virtual e “joga” o game, não visando a competição, mas uma atuação ficcional. A “câmera virtual”, embutida no jogo e também operada por um jogador, enquadra e grava as imagens da encenação/jogo, que depois serão dubladas e editadas, como uma animação de computador. A grande diferença entre machinima – corruptela de machine cinema ou “cinema maquínico” – e computação 3D é que as imagens do machinima são geradas e capturadas em tempo real, mantendo, assim, alguma qualidade inerente ao jogar, inclusive certas limitações que marcam a linguagem do videogame.

http://graphics8.nytimes.com/images/2008/10/24/movies/24ben.xlarge2.jpg

A técnica de machinima não foi inventada pelo ou para o filme, e tem sido explorada há pelo menos uns 20 anos, inclusive como ferramenta para o próprio cinema, sobretudo na geração de cenas de batalha e de multidões. Fora do cinema, no universo da fan culture, o machinima vem se transformando num formato de valor próprio, capaz de gerar obras tão diversas quanto a série que problematiza com humor a natureza robótica dos personagens e cenários de games de tiro – a animações requintadas, da Fountainhead, passando por performances de humor ao vivo, como as que são feitas pelo grupo . O machinima chegou a um patamar já tão requintado, que conta com diversos festivais específicos, onde criatividade, invenção de linguagem e inovação tecnológica disputam os maiores prêmios.

Dentro desse cenário tão diverso, a utilização que o filme faz do machinima é ainda um tanto tímida. O máximo a que chega é entrecortar as cenas “reais” vividas por Ben com cenas tiradas do game, nas quais o personagem projeta a si mesmo como o herói Ben X e aos colegas como inimigos do jogo, na tentativa de dar sentido ao vivido a partir de seu repertório de sucesso em Archlord. Nisso, o filme parece querer deixar claro que Ben vive o jogo assim como a vida, fazendo pouca distinção entre ambos, o que não deixa de ser a grande marca dos games de personagem.

São bons momentos do filme, mas não preservam muito do frescor do jogar. Quase tudo mais se atém ao game em seu nível meramente temático: as amizades virtuais, a recorrência à violência, a natureza de sonho de quem se isola do mundo num universo fantástico de trolls, magos e outros seres, inexistentes no mundo real, mas muito reais para certo nicho de pendor fantástico como jogadores de RPG. A partir do momento em que a opressão leva Ben ao limite, contudo, a linha entre fantasia, auto-referencialidade e verossimilhança começa a se tornar perigosamente escorregadia. O que até então era uma história “baseada em fatos” começa a ficar cada vez menos verossímil, e se isto não é necessariamente ruim, requer ao menos que ajustemos nossos ponteiros com os da narração.

Certos procedimentos, como as inserções “documentais” de pais e amigos de Ben, até então usados aparentemente como estilo, começam a dar na vista, ficando mais para pegadinha do que para algo que enriqueça a narrativa. Quando a amiga virtual de Ben ganha corpo no mundo “real” do filme, tudo se complica ainda mais e qualquer carga de realidade se esvai, mesmo com muito boa vontade de quem vê. No final, a única maneira de seguir aproveitando o filme é continuar lançando a ele um olhar generoso, que compreende que este está mais para a narrativa marcada e caricata dos games, da ética da “vitória poética” – em oposição a consequências reais – que marca a cultura em torno de romances fantásticos e jogos online, da estética da repetição dos games e do vídeo na internet, da natureza meio autista que tem parte da cultura pop tecnológica. É um filme infanto-juvenil, mas isto não é necessariamente um defeito."

Enriquecido ainda por uma direção de arte que ilustra a tristeza do universo de Ben (observem como as únicas cores mais fortes de seu quarto são aquelas relativas ao jogo “Overlord”, como a miniatura de montanha que serve de suporte para o monitor), e por figurinos que ajudam a estabelecer a influência positiva de Scarlite sobre o protagonista (ela é a única que usa um vermelho intenso e alegre; os demais vestem-se em tons de cinza), Ben X é um projeto artisticamente ambicioso que revela sua sensibilidade particularmente através de seus belos diálogos: ao descrever a doença de Ben, seu pai diz que a síndrome era “um problema dele; não para ele” e o próprio rapaz, em sua excelente narração em off, acrescenta: “Nunca fui o que chamam de ‘feliz’, mas nunca fui feliz como agora”
.

Bem com tanta coisa boa que rolou esse ano, Ben X – A Fase Final foi, sem dúvida, uma grata surpresa desse ano que vi em vídeo.


Não sei vocês mais eu gostei. Em tempo já passei 18 horas jogando
Archlord movido a Red Bull. Agora um desejo quando eu morrer escrevam na minha lápide Game Over.

In Infinitum

Robson Freire

25.4.09

Caminhando em direção a luz

Olá Amigos

Hoje li e reli algumas postagens (aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui) da blogagem coletiva proposta lá do Caldeirão de Ideias e cada vez que leio alguma nova postagem fico pensando no que a Suzana falou hoje lá no blog dela. As redes são sim o caminho para a luz, para a iluminação suprema, o caminho para o nosso nirvana (afinal é tempo de Índia).

http://amemgospel.com/controle/imagens/20080226083110.jpg

Formar redes pequenas que se interligam e correspondem são sim o melhor caminho para se alcançar o que eu chamo aqui de luz. Fiquei olhando o gráfico que ela fez (que alias não tem nada de tosco) e imaginei aquilo numa escala de dez, depois pensei: Imagina isso em outra dimensão?

As pequenas mudanças que a escola sofre todo dia (viu eu me revi) sejam por interferência minha, sua ou fruto de nossa reflexão em rede, tende a trazer e solidificar de forma consistente essa mudança. Mas que para mim que nasci com o pé no acelerador (pré maturo, hiperativo, workalic, dedicado e acima de tudo apaixonado) fica difícil esperar e aceitar essa lentidão de resultados.

Sei que vou ver, ter o prazer de entrar e acima de tudo de participar dessa nova escola que está ai na porta do nosso futuro presente. Só sei que mesmo quando tudo estiver contra eu não vou desistir pois sei que posso fazer a diferença. Só espero encontrar os meus amigos nos corredores dessa nova escola.

E depois de um dia cheio,mas completamente satisfeito com todo o processo, quero me sentar a mesa com esses amigos e beber um chope bem gelado ou um cabernet fantástico (Casa Lapostolle Cabernet Sauvignon) e tocar um papo sem hora pra terminar. Isso sim é estar na luz.

In Infinitum

Robson Freire

Rever o quê, mudar por quê

Olá Amigos

Cada dia eu me surpreendo com a quantidade de informação disponível ( e olha que tem professor achando que pode mais, coitado) na internet. Numa dessas andanças eu encontrei essa maravilha de texto intitulada "Rever o quê, mudar por quê" do Luiz Carlos de Menezes, físico ( mais um do ramo Sergio) e educador, é professor da Universidade de São Paulo, no Instituto de Física e no programa de pés-graduação da Faculdade de Educação.

http://thumbs.dreamstime.com/thumb_47/11427070293fVy65.jpg

Nesse texto ele cita:

"O que é necessário rever? Segundo o autor, o Projeto Pedagógico da Escola.
Por quê? Porque assim como o mundo mudou, o público da escola e a função que ela deveria assumir também mudaram. Mas, nem sempre, os Projetos Pedagógicos das escolas refletem tais transformações.
Vencer a resistência à mudança e ancorar-se na esperança é tarefa imprescindível para que a escola enfrente, de maneira corajosa, os problemas que lhes são colocados.
Não há mais como lamentar e esperar que todas as dificuldades se resolvam para que a escola realize sua função com sucesso: fazer com que todos os alunos aprendam.
Para isto, é preciso mudar o "velho Projeto Pedagógico", marcado principalmente pela centralidade do aspecto cognitivo na tarefa educativa. Conceber um "novo Projeto Pedagógico" voltado para o desenvolvimento de competências e para a promoção de valores humanos e éticos, bem como comprometido com saberes práticos.
Mas, para a construção deste Projeto Pedagógico não existem modelos ou regras; ele deve ser feito por e para cada escola.
Enfim, é preciso realizar uma revisão efetiva da escola para que, se transformando, ela possa, de fato, assumir sua função neste mundo também transformado."

Clique aqui para ler o texto na íntegra. Para isso você precisa ter o programa Acrobat Reader.

Esse texto é um artigo publicado na Revista Acesso: revista de educação e informática n. 14. São Paulo: FDE, dez. 2000. Páginas: 29-34

Não deixe de ler.

In Infinitum

Robson Freire

24.4.09

Repense a educação. Reinvente-se

Olá Amigos

Hoje me deparei com essa postagem abaixo , que como diria a Suzana Gutierrez matadora. Nela é apresentada pelo impressionante Hélio Teixeira uma campanha muito interessante feita pela Universidade de Johannesburg, na África do Sul, que visa combater a evasão escolar.


Sim lá também tem esse problema. Esse problema não é exclusividade nossa, é mundial. Para resolver o problema a universidade sul-africana realizou uma pesquisa entre jovens e adolescentes em idade escolar e, para surpresa geral, chegou às mesmas conclusões do estudo feito pela FGV. Os jovens simplesmente não vêem os estudos como algo importante em suas vidas.

Então em vez do blá blá blá já tradicional de autoridades e gestores públicos ele inovaram contratando uma agência de publicidade para criar uma campanha que ajudar a fazer "cair a ficha" dos estudantes de lá. Agência HKLM Connect que criou a campanha intitulada “Rethink education. Reinvent yourself” (Repense a educação. Reinvente-se) que da título a postagem. Além de uma excelente direção de arte, a campanha tem um conceito maravilhoso!!!!

São essas coisas que me fazem acreditar que nem tudo está perdido.
Confira as imagens da campanha.

In Infinitum

Robson Freire

Junte-se a esta "Gang" (Excelente!!!!)

Postado por Hélio Teixeira em Friday, 24 April 2009

junte-se-a-esta-gang

Quando o assunto é Educação Pública, todos são unânimes (ao menos no discurso) em afirmar: “os investimentos em Educação deve ser uma prioridade de Estado”. Este aliás, parece ser o “mandamento” número UM da cartilha do bom gestor público. Apesar dos discursos politicamente corretos dos nossos gestores, há que se admitir que ainda estamos longe da situação ideal. Como bem disse o gênio Cazuza, ”a tua piscina tá cheia de ratos. Tuas idéias não correspondem aos fatos…”, ou seja, o discurso da imensa maioria desse pessoal, é pura demagogia!!!!

É preciso entender que idéias, por melhores que elas sejam, só transformam uma realidade se forem sustentadas por ações práticas e efetivas. Só o blá, blá, blá… não resolve nada!!!

O fato mais revoltante desta história trágica, é que existe uma infinidade de ótimas experiências espalhadas pelo mundo (Finlândia, Tigres Asiáticos, Suécia, Dinamarca…), que poderiam muito bem (se houvesse de fato vontade de fazê-lo!!!!) servir como inspiração para tirarmos a Educação Pública brasileira do abismo onde ela se encontra.

Semana passada, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) publicou uma pesquisa que desfaz (ao menos em parte) um dos maiores mitos em torno de um problema importantíssimo para a educação brasileira, a evasão escolar entre jovens e adolescentes. Segundo os pesquisadores da FVG, ao contrário do que se imaginava, a principal causa do abandono escolar entre os jovens não é a necessidade de trabalhar (para ajudar no sustento da família) e sim a falta de interesse na escola. Ainda segundo a pesquisa, uma parte considerável dos jovens que abandonam as salas de aula, não consegue perceber como os seus estudos podem melhorar as suas condições de vida e das suas famílias. Para eles estudar, além de trabalhoso e chato, não leva a lugar nenhum, é uma completa perda de tempo.

Ao que parece, este quadro preocupante não é um problema exclusivo do Brasil. Esta semana me deparei com uma campanha muito interessante feita pela Universidade de Johannesburg, na África do Sul, que visa combater justamente esse problema. A universidade sul-africana realizou uma pesquisa entre jovens e adolescentes em idade escolar e, para surpresa geral, chegou às mesmas conclusões do estudo feito pela FGV. Os jovens simplesmente não vêem os estudos como algo importante em suas vidas.

Para tentar fazer “a ficha cair” na cabeça dos jovens daquele país, a Universidade de Johannesburg contratou a Agência HKLM Connect que criou a campanha intitulada “Rethink education. Reinvent yourself” (Repense a educação. Reinvente-se). Além de uma excelente direção de arte, a campanha tem um conceito maravilhoso!!!!

Confiram:

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FICHA TÉCNICA

Agência: HKLM Connect, Johannesburg, South Africa

Diretor de Criação / Diretor de Arte: Ross Ventress

Redator: Rudolph Van Rensburg

Ilustrador / Fotógrafo: Am I Collective

Data da publicação: Dezembro de 2008

Hélio Teixeira, é publicitário e editor do Blog Chapa Branca. Apaixonado pelo universo da Comunicação Digital e suas ciências. Nas horas vagas, se diverte “trabalhando” como consultor de comunicação e marketing digital. Acredita no poder transformador e mobilizador da boa Comunicação. Um idealista “incurável”!!!. Veja os artigos já publicados por ele.

Fonte: http://comunicacaochapabranca.com.br/?p=5660

23.4.09

Precisa dizer mais alguma coisa?

Olá Amigos

Hoje estava mexendo na minha coleção de CDs para dar aquela famosa "arrumadinha básica" e encontrei um CD que a muito tempo eu não escutava. Era o CD do Gabriel O Pensador intitulado Seja Você Mesmo ( Mas Não Seja Sempre o Mesmo) . Nele tem uma música que toda vez que escuto fico pirado. A música é a Até Quando? que na minha humilde opinião ela é um hino contra o conformismo imperante nos dias atuais. Veja que vídeo demolidor do Gabriel O Pensador.



Estamos falando sobre que rumo tomar em relação ao papel da escola e papel do professor diante dessa encruzilhada. E quando vejo pessoas receosas com medo de mudar ou de assumir a sua responsabilidade diante desse processo eu fico indignado. Vejo soltarem os assassinos da Dorothy Stang, impunidade com os corruptos, farra de passagens aéreas com dinheiro do povo e ministro do Supremo batendo boca igual a comadres, isso é como se fosse por assim dizer a cereja do bolo da indignação.

Na letra ele fala exatamente aquilo que penso sobre mudança: Que toda mudança começa comigo. Pois sou EU que POSSO e vou MUDAR o mundo. Olha que letra maravilhosa onde ele mostra onde começa a mudança.

Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente

E quando a mente muda a gente anda pra frente

E quando a gente manda ninguém manda na gente
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura

Na mudança de postura a gente fica mais seguro

Na mudança do presente a gente molda o futuro


Isso responde a tudo que já foi dito até agora, pois eu e você somos os agentes dessa mudança. Mudanças grandes ou pequenas não importa, mas que vão mudar o mundo em que vivemos.

Agora me responde uma coisa:

Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?

Até quando você vai levando porrada, porrada?

Até quando vai ser saco de pancada?


Eu não vou. E você vai?

In Infinitum

Robson Freire

Até Quando?

Gabriel O Pensador
Composição: Gabriel O Pensador; Itaal Shur; Tiago Mocotó

Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve
Você pode e você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus sofreu
Num quer dizer que você tenha que sofrer

Até quando você vai ficar usando rédea
Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea
Pobre, rico ou classe média?
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
Muda que o medo é um modo de fazer censura

(Refrão)
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ser saco de pancada?

(Repete refrão)

Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
Seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Você tenta ser contente, não vê que é revoltante
Você tá sem emprego e sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante
É tudo flagrante
É tudo flagrante

(Refrão x2)

A polícia matou o estudante
Falou que era bandido, chamou de traficante
A justiça prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado e absolveu os PM's de Vigário

(Refrão x2)

A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco:
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco

A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que pra você não ver que programado é você

Acordo num tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede diploma, num tenho diploma, num pude estudar
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá

Consigo emprego, começo o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego mas na hora que chego só fico no mesmo lugar
Brinquedo que o filho me pede num tenho dinheiro pra dar

Escola, esmola
Favela, cadeia
Sem terra, enterra
Sem renda, se renda. Não, não

(Refrão x2)

Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente

Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro

(Refrão)

22.4.09

Espelhos de Carne e Osso

Olá Amigos

Hoje fiquei bolado com uma reportagem que saiu na Revista Época onde o geneticista Panayiotis Zavos disse que implantou 11 embriões clonados em quatro mulheres, mas que ainda não conseguiu gerar uma gravidez. Segundo ele, o primeiro clone humano nascerá em até dois anos e ele que já foi companheiro de trabalho do italiano Severino Antinori, que em março disse à revista Oggi ter realizado a clonagem de três pessoas, e que os bebês têm vida saudável hoje em dia.

http://www.ufsc.br/%7Eportalfil/clonagem.jpg

Fiquei pensando e remoendo a cachola, e pensei que se não for para criar opções de cura a alguma pessoa com algum tipo raro de doença que precise de doador compatível e não seja possível encontrar, ai sim talvez seja possível cogitar a clonagem humana. Mas mesmo assim fico com um pé atras pois no final, teremos um roteiro igual ao do filme A Ilha de Michael Bay (Bad Boys, A Rocha, Armageddon, Pearl Harbor e Transformes).

Até onde podemos brincar de Deus? Até quando viveremos? Criar um clone para retirar órgãos para transplante e assim prolongar a vida mediante somas astronômicas, eliminar os clones como ratos de laboratório e o que abre é a discussão do limite ético e da manipulação genética.

Não sei sinceramente se estamos prontos para isso, pois os ricos e poderosos irão ao mercado da clonagem pedir um olhinho azul, bem branquindo com cabelinho lisinho e sem riscos de doenças genéticas ou hereditárias com foi anunciado no Portal do Yahoo uma noticia, sobre o nascimento de uma criança geneticamente modificada que não terá câncer nunca na vida.

http://www.diplomatie.gouv.fr/en/IMG/jpg/49dossier97.jpg

Ai remontaremos aos ratinhos de laboratório que são cruzados e recruzados criando especies únicas e geneticamente modificadas para o uso e descarte da ciência. Há ratos clonados a partir da célula de pêlo, os núcleos extraídos dos folículos capilares foram mais eficientes na produção de clones, e esse achado pode apontar um novo caminho para produção de células-tronco embrionárias. Sei que muitas pessoas podem se beneficiar da clonagem humana ( inclusive um caso na minha família) mas toda vez que o homem brinca de Deus alguma coisa sempre foge do controle.

Posso estar errado mais, prefiro não ariscar, pois para esses doidos desenvolverem uma bactéria ou vírus mutante tipo o do filme Eu Sou a Lenda, que conta que a população de Nova York foi dizimada por um vírus mortal, dirigido por Francis Lawrence (Constantine) e com Will Smith e Alice Braga no elenco, nem mudariam de roupa ( ou melhor tem tirariam o jaleco).

Pois sempre rola um shit happens no final que confirma a Lei de Murphy que diz que "se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível."

Você não é contra?

Porque não?

Então conta aqui pra gente o que você pensa.

Opine e Comente.

In Infinitum

Robson Freire

Vamos quebrar os vidros da escola?

Olá Amigos

Esse conto abaixo foi uma indicação da minha amiga Suely professora e editora do blog Ufa! Bloguei! lá de Uruguaiana - RS. Ela fez uma postagem imperdível intitulada Escolas de Vidro? falando sobre esse conto da Ruth Rocha abaixo.

Como sempre a Ruth Rocha é fantástica na elaboração dos seus contos, mas ela se superou neste. Não sei se ele vem de encontro ao que estamos debatendo lá no Caldeirão de Ideias, mas que é pertinente, ah isso ele é. Estamos vivendo como no conto da Ruth Rocha, em nossas escolas de vidro e que precisamos urgentemente do Firuli, um menino pobre, para quem não há vidro que o impeça de ser quem ele é.

O tema sobre o qual estamos debatendo e propondo uma blogagem coletiva, foi iniciado lá no Caldeirão de Ideias, e ele pergunta se A Escola forma gente para futuro ou para o passado?.

Espero que o prazer da leitura desse texto eleve ainda mais a discussão. Não deixem de ler as postagem da Jenny Horta, do Sergio Lima, da Elisângela Zampieri e a nossa opinião sobre o assunto. Estou esperando o retorno de mais postagens para indicarmos aqui.

In Infinitum

Robson Freire

Em tempo: Avisa a Suzana que o Sergio vai usar twitter. E o lado negro da força agindo. Não deixe de ler Há um distúrbio na força - eu vou usar o Twitter! Demais o cara.

Quando a escola é de vidro

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Ruth Rocha

Naquele tempo eu até que achava natural que as coisas fossem daquele jeito.
Eu nem desconfiava que existissem lugares muito diferentes...
Eu ia pra escola todos os dias de manhã e quando chegava, logo, logo, eu tinha que me meter no vidro.
É, no vidro!
Cada menino ou menina tinha um vidro e o vidro não dependia do tamanho de cada um, não!
O vidro dependia da classe em que a gente estudava.

Se você estava no primeiro ano ganhava um vidro de um tamanho.
Se você fosse do segundo ano seu vidro era um pouquinho maior.
E assim, os vidros iam crescendo á medida em que você ia passando de ano.
Se não passasse de ano era um horror.
Você tinha que usar o mesmo vidro do ano passado.
Coubesse ou não coubesse.
Aliás nunca ninguém se preocupou em saber se a gente cabia nos vidros.
E pra falar a verdade, ninguém cabia direito.

Uns eram muito gordos, outros eram muito grandes, uns eram pequenos e ficavam afundados no vidro, nem assim era confortável.
Os muitos altos de repente se esticavam e as tampas dos vidros saltavam longe, ás vezes até batiam no professor.
Ele ficava louco da vida e atarrachava a tampa com força, que era pra não sair mais.
A gente não escutava direito o que os professores diziam, os professores não entendiam o que a gente falava...
As meninas ganhavam uns vidros menores que os meninos.
Ninguém queria saber se elas estavam crescendo depressa, se não cabia nos vidros, se respiravam direito...

A gente só podia respirar direito na hora do recreio ou na aula de educação física.
Mas aí a gente já estava desesperado, de tanto ficar preso e começava a correr, a gritar, a bater uns nos outros.
As meninas, coitadas, nem tiravam os vidros no recreio. e na aula de educação física elas ficavam atrapalhadas, não estavam acostumadas a ficarem livres, não tinha jeito nenhum para Educação Física.
Dizem, nem sei se é verdade, que muitas meninas usavam vidros até em casa.
E alguns meninos também.
Estes eram os mais tristes de todos.
Nunca sabiam inventar brincadeiras, não davam risada á toa, uma tristeza!

Se agente reclamava?
Alguns reclamavam.
E então os grandes diziam que sempre tinha sido assim; ia ser assim o resto da vida.
Uma professora, que eu tinha, dizia que ela sempre tinha usado vidro, até pra dormir, por isso que ela tinha boa postura.
Uma vez um colega meu disse pra professora que existem lugares onde as escolas não usam vidro nenhum, e as crianças podem crescer a vontade.
Então a professora respondeu que era mentira, que isso era conversa de comunistas. Ou até coisa pior...

Tinha menino que tinha até de sair da escola porque não havia jeito de se acomodar nos vidros. E tinha uns que mesmo quando saíam dos vidros ficavam do mesmo jeitinho, meio encolhidos, como se estivessem tão acostumados que até estranhavam sair dos vidros.
Mas uma vez, veio para minha escola um menino, que parece que era favelado, carente, essas coisas que as pessoas dizem pra não dizer que é pobre.
Aí não tinha vidro pra botar esse menino.
Então os professores acharam que não fazia mal não, já que ele não pagava a escola mesmo...

Então o Firuli, ele se chamava Firuli, começou a assistir as aulas sem estar dentro do vidro.
O engraçado é que o Firuli desenhava melhor que qualquer um, o Firuli respondia perguntas mais depressa que os outros, o Firuli era muito mais engraçado...
E os professores não gostavam nada disso...
Afinal, o Firuli podia ser um mal exemplo pra nós...
E nós morríamos de inveja dele, que ficava no bem-bom, de perna esticada, quando queria ele espreguiçava, e até mesmo que gozava a cara da gente que vivia preso.
Então um dia um menino da minha classe falou que também não ia entrar no vidro.

Dona Demência ficou furiosa, deu um coque nele e ele acabou tendo que se meter no vidro, como qualquer um.
Mas no dia seguinte duas meninas resolveram que não iam entrar no vidro também:
- Se o Firuli pode por que é que nós não podemos?
Mas Dona Demência não era sopa.
Deu um coque em cada uma, e lá se foram elas, cada uma pro seu vidro...
Já no outro dia a coisa tinha engrossado.
Já tinha oito meninos que não queriam saber de entrar nos vidros.

Dona Demência perdeu a paciência e mandou chamar seu Hermenegildo que era o diretor lá da escola.
Seu Hermenegildo chegou muito desconfiado:
- Aposto que essa rebelião foi fomentada pelo Firuli. É um perigo esse tipo de gente aqui na escola. Um perigo!
A gente não sabia o que é que queria dizer fomentada, mas entendeu muito bem que ele estava falando mal do Firuli.
E seu Hermenegildo não conversou mais. Começou a pegar as meninos um por um e enfiar á força dentro dos vidros.

Mas nós estávamos loucos para sair também, e pra cada um que ele conseguia enfiar dentro do vidro - já tinha dois fora.
E todo mundo começou a correr do seu Hermenegildo, que era pra ele não pegar a gente, e na correria começamos a derrubar os vidros.
E quebramos um vidro, depois quebramos outro e outro mais dona Demência já estava na janela gritando - SOCORRO! VÂNDALOS! BÀRBAROS!
(pra ela bárbaro era xingação).
Chamem o Bombeiro, o exército da Salvação, a Polícia Feminina...

Os professores das outras classes mandaram cada um, um aluno para ver o que estava acontecendo.
E quando os alunos voltaram e contaram a farra que estava na 6° série todo mundo ficou assanhado e começou a sair dos vidros.
Na pressa de sair começaram a esbarrar uns nos outros e os vidros começaram a cair e a quebrar.
Foi um custo botar ordem na escola e o diretor achou melhor mandar todo mundo pra casa, que era pra pensar num castigo bem grande, pro dia seguinte.
Então eles descobriram que a maior parte dos vidros estava quebrada e que ia ficar muito caro comprar aquela vidraria tudo de novo.

Então diante disso seu Hermenegildo pensou um pocadinho, e começou a contar pra todo mundo que em outros lugares tinha umas escolas que não usavam vidro nem nada, e que dava bem certo, as crianças gostavam muito mais.
E que de agora em diante ia ser assim: nada de vidro, cada um podia se esticar um bocadinho, não precisava ficar duro nem nada, e que a escola agora ia se chamar Escola Experimental.
Dona Demência, que apesar do nome não era louca nem nada, ainda disse timidamente:
- Mas seu Hermenegildo, Escola Experimental não é bem isso...

Seu Hermenegildo não se perturbou:
- Não tem importância. Agente começa experimentando isso. Depois a gente experimenta outras coisas...
E foi assim que na minha terra começaram a aparecer as Escolas Experimentais.
Depois aconteceram muitas coisas, que um dia eu ainda vou contar...

Obs.: O terceiro conto de Este admirável mundo louco, de Ruth Rocha que pode ser lido aqui

21.4.09

Reflexões

Olá Amigos

Hoje inicio um novo tempo por aqui no In Infinitum. Incentivado pela minha amiga Suzana Gutierrez do blog Gutierrez/Su vou começar a ser mais frequente por aqui e trazer para cá as minhas opiniões pessoais. Primeiramente gostaria de agradecer aos meus loucos seguidores desse espaço pessoal e dizer o meu muito obrigado.

http://farm1.static.flickr.com/144/350340572_a6230b1bee.jpg

Ser autoral é uma condição minha, pois não sei ficar sem expor os meus pensamentos e dividir com as pessoas os meus sentimentos, opiniões e até meus desejos e medos. Sempre acreditei na evolução do ser humano na troca de conhecimento como agente de aprendizado e mudanças pessoais e sociais.

Minha atuação como educador tem sido orientada pela aplicação das Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs) em sala de aula e eu tenho o meu jeito todo próprio de ensinar e aprender. Sempre primei pelo diálogo franco, direto e positivo com os meus alunos e sempre disposto a ouvi-los em suas solicitações, desejos, anseios e com isso fazer com eles a minha ponte.

Quero agora fazer a minha ponte com vocês leitores do In Infinitum, quero ter com vocês aqui trocas igualmente fantásticas e esclarecedoras. Por isso vamos começar perguntado sobre o Twitter. A Suzana Gutierrez o definiu assim em um email "O twitter, por exemplo, dentro das perspectivas de pesquisa em sua base de dados, é ótimo para localizar e capturar as melhores ideias, insights, recursos, vindos do papo até informal de milhões (de pessoas)."

Afinal para que serve o twitter?

Eu tenho e uso o meu ( http://twitter.com/robsongfreire) , mas o meu amigo Sergio Lima do blog Blog e Física não vê uma utilidade funcional para a ferramenta tanto que ele prometeu não mais falar sobre o Twitter ( mas sempre quebra a promessa). Ele cita que "Twitter é o joio, blogue é o trigo ou então Twitter é o ruído, blogue é a informação!"

Ele e um cara bem rabugento com o twitter, mas descobriu duas boas utilizações do mesmo: 5 motivos que tornam o Twitter uma Ferramenta irrelevante. pra MIM , Cadeira para twitteiros e Mudanças e utilidades (?) do Twitter. Imperdíveis as indicações. Agora aqui uma reportagem indicada pelo A Suzana Gutierrez indicou o links de dois vídeos, para comprovar o poder da ideologia e como a questão de consumir a mídia é, por vezes, mais importante que as possibilidades da mídia. Ela mandou um link sobre uma reportagem do Fantástico falando sobre o Twitter e como o pessoal gravou com uma câmera escondida a encenação.

Compare http://tinyurl.com/crpv8m com http://tinyurl.com/cbbmlg .
Agora esse vídeo (animação) que fala sobre o que é twitter e a febre que esta por trás disso, que é fantasticamente explicativo e didático. Ele foi maravilhosamente dublado pelo pessoal da
RBW Comunicação de Brasília - DF, eles decidiram lançar uma dublagem (fan dublagem) , em versão brasileira depois do lançamento da animação Twouble with Twitters que esta abaixo com som original e com legendas português, Eis o resultado ...Vocês vão adorar:

Dublado


Legendado com som original


Viu? Muito legal, né?

Então voltando lá em cima me responda:

Qual a utilidade pratica e a pedagógica do twitter?

In Infinitum

Robson Freire

18.4.09

Você tem fome de que?

Olá Amigos

Fiquei hoje conversando com alguns amigos sobre cultura e a falta dela em nossa cidade e principalmente a falta que ela faz aos jovens. A falta de uma politica pública de incentivo e de retomada para a cultura é muito ruim, mas pior do que isso é a sociedade civil não se articular e também se omitir do seu papel fundamental que é o de cobrar ações efetivas para melhorar a cultura.

http://www.geraldfinley.info/geraldfinley/Photos/Recitals/2007_recital_Frankfurt_21.JPG

Atualmente as diversas correntes culturais e os principais ativistas do movimento cultural de nossa cidade estão cada um puxando a sardinha para o seu lado e com isso as ações não estão sendo tratadas como deveriam e principalmente não estão tendo o efeito desejado.

Sentar a mesa e discutir de forma imparcial propostas que tenham a médio e a longo prazo um efeito positivo na cultura do nosso município. Propostas como a criação de um teatro municipal de qualidade, como o Trianon de Campos dos Goytacazes, onde possam ser realizados shows, recitais, concertos, apresentações de dança e que também possam abrigar escolas de musica, teatro, dança e outras atividades culturais.

http://www.danzfamily.com/archives/blogphotos/07/675-dance-recital.jpg

A criação de um selo próprio como tem a Prefeitura de Niterói, que grava, edita, distribui CDs a preços de custo dos artistas de nossa cidade permitindo a eles uma oportunidade no cenário musical nacional. Uma cinemateca nos moldes da rede Cine Estação junto a uma escola de cinema e de produção de animações e curtas metragens fomentando um mercado muito rico que não é explorado em nossa cidade. Um espaço chamado Casa de Bamba voltado para ser um memorial do samba e do carnaval de nossa cidade, onde se apresentariam grupos e as velhas guardas em rodas de samba semanais.

http://pregonatabua.zip.net/images/cultura_samba.jpg

A criação da CULTURITA - Casa de Cultura de Itaperuna e a adoção dela como centro cultural oficial da cidade e onde funcionara uma escola de arte. A criação de uma Lona Cultural que percorrerá a cidade levando lazer e cultura. Uma filial na Escola Nacional de Circo faria também muito bem ao município de Itaperuna. Propor a criação de um calendário de eventos culturais e que proporcionaria a cidade a oportunidade de captação de recursos através deles.

http://www.ccom.pi.gov.br/noticias/fotos/200710/CCOM23_44af2be947.JPG

O papel da educação nesse projeto é importantíssimo pois a adoção de aulas obrigatórias regulares de teatro, música, dança pela rede publica trariam não somente efeitos no ensino aprendizagem de nossos alunos, mas os tornariam não somente consumidores de cultura mais também produtores de cultura. Alem de proporcionar uma oportunidade real desses jovens ingressarem no mercado de trabalho e poder mudar a vida deles através da cultura de uma realidade cruel que lhe esta reservada.

Ai eu me lembrei da música Comida dos Titãs, onde o Arnaldo Antunes foi fantástico em sua elaboração, em que diz:

"você tem fome de que?
a gente não quer só comida
a gente quer comida, diversão e arte."

Eu quero. E você quer?

In Infinitum

17.4.09

Preconceito um veneno da alma

Olá Amigos

Seguindo uma indicação do meu amigo Sérgio Lima do blog Blog e Fisica - Um blogue específico sobre Fí­sica e Educação ele fez uma chamada que me despertou a atenção para um vídeo, que alias já virou hit na internet. O vídeo tem como tema o preconceito e como pré julgamos as pessoas pela sua aparência. O Sérgio me pergunta no email de indicação do vídeo essas perguntas:

Quantas vezes você julgou uma pessoa só pela sua aparência?
Ou julgou previamente algo pela aparência?

Muitos já devem ter visto, e muitos outros ainda irão ver. Nos últimos dias, as pessoas se renderam a um vídeo que já se aproxima dos 4 milhões de views. E o nome da "celebridade" do dia responsável por este fenômeno é Susan Boyle.

Susan participou do programa Britain's Got Talent, e o que se vê é muito mais do que uma simples (?) performance de uma excepcional cantora. O que encanta mesmo é a lição que nos dá contra o preconceito. Preconceito este que simplesmente nos impede de ver o melhor que o ser humano é capaz de fazer.

Todo mundo que se diz não ser preconceituoso SEMPRE terá a impressão estranha quando ver algo "diferente". O que todo mundo precisa aprender é simplesmente dar oportunidade dessa impressão mudar. Hoje o preconceituoso estranha e não dá chance da pessoa provar ser diferente. O não-preconceituoso falso-moralista estranha e tenta contornar a situação e sair de fininho. A questão não é o julgamento inicial. É dar a chance de mudá-lo depois (foi o caso do vídeo)

Para entender melhor, assista ao vídeo legendado em português clicando aqui. Ele é auto-explicativo. E duvido você assistir sem ficar com os olhos cheios d'água. Ao menos por um momento.

Susan Boyle deu a todos uma GRANDE LIÇÃO DE VIDA! Todos aqueles preconceituosos tiveram que se curvar a uma criatura tão simples e humilde! Todos deveriam ter é muita vergonha! Quando tenho o privilégio de assistir a cenas como esta fico muito feliz pois sei que o mundo não está perdido e todos que tem esses "pré-conceitos" acabam se redimindo, seja de uma ou outra maneira. Brilhante!

Pessoal, infelizmente o Youtube está impedindo a incorporação do vídeo, por motivos de requisição de material, provavelmente feito pela Fremantel, dona dos direitos do programa Britain's Got Talent. Isso está acontecendo em todos os vídeos da Susan Boyle. Infelizmente, porque eu também gostaria de incorporar o vídeo aqui no nosso blog. Uma Pena.

In Infinitum

Robson Freire

5.4.09

O mundo precisa


Olá Amigos

Fico extremamente feliz quando vejo algum líder mundial se posicionar contra o uso de armas nucleares, lutando por sua erradicação. O EUA tem papel decisivo nesse cenário pois como um dos maiores produtores e fornecedores de armas nucleares do mundo, escutar o seu presidente se posicionar contra uma nova corrida armamentista e muito acalentador.

Sempre fico com um pé atras, pois nem sempre o discurso se reflete na pratica ou ações concretas, mas o Barack Obama até agora tem se colocado e o mais importante cumprido o que tem falado. Sua luta contra o desperdício, sobre o clima e agora sobre as armas nucleares reforçam a minha primeira impressão. Acho eu pessoalmente que ele será o maior presidente dos EUA de todos os tempos. Vai errar, vai acertar mas no fim o seu legado será uma das maiores contribuições do EUA ao mundo: o dialogo.

Fico muito preocupado quando países que são inimigos seculares, como Índia e Paquistão, Coreia do Norte e do Sul, Irã e Iraque e Israel possuem um arsenal nuclear sem dimensão. A intolerância deles e seu fanatismo religioso e politico torna tudo muito imprevisível.

Gosto também muito de sua maneira de conduzir as coisas, sempre primando pelo dialogo franco e aberto, se posicionando de maneira firme e dura as vezes, quando se faz necessário. Gostaria muito de ver as outras potencias mundiais se sentarem a mesa e discutir de forma clara, concreta e objetiva esse desarmamento. O mundo precisa.

In Infinitum

Robson Freire

Obama faz discurso contra armas nucleares em praça de Praga

Multidão tomou conta para ouvir o presidente americano.
Barack Obama visita a República Tcheca após reunião da Otan.

Do G1, com agências

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez neste domingo (5) um discurso em uma praça de Praga no qual anunciou uma iniciativa para erradicar os arsenais nucleares no mundo.

Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP
Barack Obama beija a mulher Michelle em palco montado em praça de Praga,
na República Tcheca (Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP)


O discurso de Obama coincide com o lançamento por parte da Coreia do Norte do que o governo dos EUA assegura que se trata de um míssil de longo alcance Taepodong-2. O governo norte-coreano fala em satélite (leia mais aqui).

No discurso na praça Hradcani da capital tcheca, Obama propôs medidas para "reduzir e em um futuro eliminar os arsenais nucleares, deter a proliferação de armas nucleares em mais países e impedir que os terroristas adquiram armas ou materiais nucleares".

Entre outros aspectos, Obama, que participou no sábado de reunião da Otan, se comprometerá a reduzir o tamanho dos arsenais nucleares americanos e o papel desse armamento na estratégia de segurança nacional dos EUA.

Além disso, buscará negociar um novo tratado internacional que ponha fim de maneira verificável à produção de materiais de fissão destinados a armamento nuclear, segundo um comunicado da Casa Branca.

As propostas de Obama incluem também medidas para evitar que o armamento atômico caia em mãos de terroristas, incluindo um novo esforço para proteger materiais nucleares vulneráveis no mundo no prazo de quatro anos.

Durante sua estada em Praga, o presidente dos Estados Unidos também realizará uma cúpula com a União Europeia, com a qual abordará o aprofundamento da colaboração em áreas como a política externa, a luta contra a mudança climática ou a crise econômica.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1073848-5602,00.html